Criação do Centro Missionário Diocesano Bracarense (CMDB)

“A consciência missionária na Igreja não pode ser feita apenas por cada carisma, como se cada um estivesse a pescar apenas para si nem se pode limitar apenas ao ofertório do Dia Mundial das Missões. Importa o trabalho de conjunto em que as actividades missionárias e o recrutamento de vocações seja, essencialmente, para a Igreja e, portanto, a necessidade de se criar uma estrutura que permita um trabalho missionário de conjunto, devidamente estruturado e organizado, que dê à Diocese um impulso missionário é urgente”.

Esta foi a ideia central exposta pelo Sr. D. Jorge Ortiga, numa reunião realizada em 28 de Janeiro de 2010, no salão nobre do Paço Episcopal, com a presença de representantes de Institutos Missionários Masculinos e Femininos, presentes na Arquidiocese de Braga e o Padre Lobato, responsável diocesano pela animação missionária nesta Arquidiocese. “Desejo – rematava o prelado bracarense - que a equipa a ser criada, possa trazer para a Igreja Diocesana de Braga, esta consciência de que o cristão é estruturalmente missionário”.

Estava dado o mote para a criação do CMDB. Neste sentido, seguiram-se duas outras reuniões: No dia 12 de Fevereiro com a presença de institutos missionários presentes na Diocese, o padre Lobato e o Sr. D. António Couto, responsável nacional para as missões e que, a pedido do Sr. D. Jorge, ficou como primeiro responsável criação deste CMDB. Desta reunião surgiu um esquema de trabalho para uma outra reunião, realizada a 6 de Março, e que, desta vez, contou também com a presença dos leigos agregados aos movimentos que se identificam com a espiritualidade dos diversos Institutos Missionários Ad Gentes e outros leigos de acção pastoral da Diocese, bem como com alguns párocos diocesanos, num total de 26 participantes.

Na linha do Sr. D. Jorge Ortiga, traçada na reunião de 28 de Janeiro, o Sr. D. Couto sublinhou que a Igreja Particular é o primeiro sujeito da Missão e que, por isso mesmo, a Missão é um compromisso de cada Baptizado e não apenas dos Missionários Ad Gentes. Realçando ainda mais esta ideia, o sr. D. Couto, citando uma afirmação contundente e explosiva do Bispo de Rimini, numa conferência aos bispos novos em Roma disse: “A evangelização, ou a fazem os leigos ou não se fará!”. A partir deste pensamento central, o Sr. D. António Couto, em partilha com os participantes desta reunião de seis de Março, traçou os objectivos da criação do CMDB:
1- Apresentar-se como a célula fundamental da vida missionária da Diocese de Braga.
2- Permitir um trabalho missionário de conjunto, devidamente estruturado e organizado, que dê à Diocese um impulso missionário”.
3- Congregar as forças vivas da Diocese a que se unam à volta do projecto missionário iniciado por Jesus Cristo.
4- Comprometer os leigos como agentes activos e não passivos da acção missionária na Diocese.
5- Traçar linhas pastorais de acção missionária dentro da Diocese como sejam: criação de grupos missionários paroquias ou arciprestais; encetar iniciativas de acção pastoral de cariz missionário, na diversas paróquias da Diocese; dinamizar uma pastoral do acolhimento, pôr em marcha a pastoral do envio missionário; criar o laicado missionário diocesano; incentivar a cooperação missionária com outras culturas através de uma participação concreta em projectos missionários e geminações.
6- Ser também um instrumento através do qual possa acontecer o despertar de vocações sacerdotais, missionárias e religiosas, dentro da dinâmica do compromisso laical.

Nesta reunião ficou acordado, por proposta do Sr. D. Couto, que o CMDB seria constituído por doze pessoas, quatro representariam todos os Institutos e congregações religiosas, masculinas e femininas, independentemente de serem especificamente missionárias de carisma ou não; quatro representantes do Clero Diocesano e quatro representantes dos leigos. Este grupo será, posteriormente o responsável por criar um documento que personalize este CMDB.

Depois da Páscoa, as sugestões dos potenciais representantes que formarão o CMDB serão apresentados ao Sr. D. Couto, após o qual serão iniciadas outras demarches para dar andamento a este projecto de forma a, no dizer de D. António Couto, “tornar toda a Diocese missionária e missionários todos os diocesanos!”.

Padre Frei José Dias de Lima OFM

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