Católicos devem estar disponíveis para anunciar a sua fé


Institutos Missionários chamam todos os leigos para assumirem um papel mais activo no anúncio de Deus

Portugal é cada vez mais visto, pelos Institutos Missionários Ad Gentes, como um país de missão, onde se torna urgente anunciar Cristo a uma sociedade distante de Deus e da Igreja.

“É importante despertar cada um a ser testemunha da sua fé, onde quer que se esteja”, sublinha o padre António Farias, em declarações à agência ECCLESIA.

Para o presidente da Animação Missionária dos Institutos Ad Gentes (ANIMAG), há uma mudança que tem de ser feita, a começar pelo papel que os leigos devem desempenhar, dentro da Igreja, nas realidades locais de cada um.

“Temos de crescer na confiança mútua, a Igreja não pode viver estanque, tem que ser aberta, todos temos sempre algo a partilhar”, desafia o sacerdote.

Esta preocupação foi o tema central da Assembleia-geral da Animação Missionária dos Institutos Ad Gentes (ANIMAG), realizada em Fátima, entre os dias 9 e 12 de Novembro.

Um encontro que debateu as linhas mestras do documento “Para um rosto missionário da Igreja”, carta pastoral dos bispos portugueses que foi emitida, precisamente, para motivar a vocação missionária de todos os cristãos.

A criação de centros missionários diocesanos e paróquias, em estreita colaboração com os Institutos Missionários, é uma das soluções que o documento apresenta.

Realçando que já se começam a ver os primeiros centros desse género, em dioceses como Braga e Porto, o padre António Farias sublinha que “o mais importante é que todos esses grupos sejam imbuídos de um espírito dinâmico, criativo, que leve as pessoas a viverem a sua fé e a partilhá-la com os outros, não vivendo apenas para si, mas para os outros”.

Quanto à colaboração que os institutos missionários devem dar, na criação e promoção desses “núcleos de evangelização”, o presidente dos ANIMAG defende uma “ajuda que seja integrada na pastoral local e não uma coisa que venha de cima, sem estar em contacto com aquelas realidades”.

Como exemplo positivo desta colaboração entre os institutos missionários e as paróquias ou dioceses, o sacerdote refere as semanas missionárias, que “têm sido uma peça fundamental para ajudar a uma mudança de mentalidade, procurando que as comunidades “cresçam, na partilha da fé”.

Ao longo da Assembleia-geral dos ANIMAG, que reuniu cerca de 70 pessoas, entre sacerdotes e religiosos, ficou também clara a vontade de todos os institutos missionários aumentarem a comunhão e a partilha de experiências, para o desenvolvimento de acções mais abertas e eficazes junto das diversas comunidades.

Exemplo disso mesmo é um projecto que está a ser organizado pelos ANIMAG, com vista à realização de uma “Exposição Missionária”, em Fátima.

O objectivo desta iniciativa, que deverá ter lugar em Maio de 2011, será abrir a acção missionária às pessoas, ajudando crentes e não crentes a perceberem os diferentes carismas de cada Instituto e a perceberem o que significa a vocação missionária da Igreja.
Fonte: Ecclesia

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